deixa-me rir... essa história não é tua. falas da festa, do sol e do prazer, mas nunca aceitaste um convite. tens medo de te dar e não é teu o que queres vender, não.. deixa-me rir... tu nunca lambeste uma lágrima. desconheces os cambiantes do seu sabor, nunca seguiste a sua pista. do regaço à nascente, não me venhas falar de amor... pois é, pois é. há quem viva escondido a vida inteira. domingo sabe de cor o que vai dizer segunda-feira. deixa-me rir... tu nunca auscultaste esse engenho de que falas com tanto apreço: esse curioso alambique onde são destilados - noite e dia - o choro e o riso. deixa-me rir! ou então deixa-me entrar em ti, ser o teu mestre só por um instante, iluminar o teu refúgio, aquecer-te essas mãos, rasgar-te a máscara sufocante. pois é, pois é... há quem viva escondido a vida inteira. domingo sabe de cor o que vai dizer segunda-feira.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
terça-feira, 5 de maio de 2009
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