sei porque estou neste mundo,
sei porque nasci e porque um dia hei-de morrer.
sei porque respiro, porque ando, porque vejo, porque durmo e porque falo
sei porque adoro sentir a música e o vento e
sei porque estou aqui.
sei porque adoro pessoa e alberto caeiro.
sei porque tenho uma mãe e um pai (sei porque me orgulho disso)
sei porque vejo o céu quando deveria ver o chão
sem chão eu voava, sem céu eu não poderia ver as estrelas e a noite a cair.
palavra estranha, essa do "sei".
sei é a primeira pessoa do verbo "saber", num tempo inexistente.
sei o que é saber!
sei quem sou, mas nunca me vi.
os espelhos são apenas a reflexão do que não queremos ser
uma espécie de optimismo pessimista e de pessimismo realista.
sei porque enquadro a minha pessoa no espaço, o espaço no tempo e o tempo no nada.
sei também que nada não é ausência de matéria, mas sim uma desmaterialização do tudo.
o meu tudo é tudo o que sei
como sei que sou feliz,
nunca consegui compreender nada do que sei.
-david akired
in "espaço no tempo"
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