segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
barulho branco? mas porquê?
e chove... (e quem disse que não gosto assim?)
domingo, 7 de dezembro de 2008
'if i could fly or death and all his friends'
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
aujourd'hui: je veux aller a paris.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
isto não tem título.
vá, mandem em mim!
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
está na moda ser indie, ser indie é ser anti-hype. ser anti-hype é o maior hype da actualidade.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
mood: blood sugar sex magik
depois do meu artigo de exactamente há uma semana atrás, finalmente o meu estado de espírito está 'blood sugar sex magik'. energia, rock, convicção, auto-estima, funk, cru. entre mais umas poucas coisas. e o melhor de tudo, é que vêm aí uns diazinhos sem testes, o que é um belo 'uplift'. lá fui eu à prateleira dos cd's sacar do melhor àlbum desta grande banda e ouví-lo a altos berros. quem sabe se logo não pego na guitarra e acompanho o àlbum todo de uma só vez?...
suck my kiss cut me my share
hit me you can't hurt me, suck my kiss
kiss me please pervert me, stick with this" - 'suck my kiss'
terça-feira, 18 de novembro de 2008
li hoje que tudo o que interessa é amor e música.
eu escolho o àlbum que quero ouvir conforme o meu estado de espírito. não, não andei a tomar lsd. mas a minha tarde deu tantas voltas na minha cabeça que parece que apanhei uma overdose. coisas destas não acontecem todos os dias. aconteceu-me algo que nem sei se é bom ou mau.
one hot minute, este álbum obscuro, psicadélico, triste e eufórico ao mesmo tempo. talvez o misture com o californication e o resultado é a banda sonora da minha tarde.
mas muito mais de one hot minute que de californication, sim.
espero mesmo que o dia de amanhã seja mais californication, e para ser perfeito os dias a seguir têm que ser blood sugar sex magik.
tudo o que interessa é amor e música? se é, estou no bom caminho. pelo menos, da minha parte.
(desculpem deixar-vos à nora, mas hoje apeteceu-me falar disto desta forma abstracta e redundante e não vou concretizá-lo.)
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
dedicated to: moby.
(come over here)
terça-feira, 11 de novembro de 2008
políticos, ratm, notas, futebolistas, amor, só para dizer umas poucas.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
rescuscitei a minha página do myspace:
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
título? sei lá!
moi, j'adore une nuit pluvieuse!
noite + chuva + autocarro (lado da janela) + explosions in the sky = combinação simples e perfeita.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
( )
tu es faible, tu es fourbe, tu es fou, tu es froid, tu es faux, tu t'en fous.
johnnie walker... keep walking!
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
a little south of sanity
onde é que se vê uma actuação destas em programas de tv hoje em dia??
terça-feira, 14 de outubro de 2008
fumo de tabaco, guitarras & gelo negro... vidas!
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
un arc-en-ciel que j'ai jamais touché.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
tenho saudades de quem já não sabe quem eu sou.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
vai uma rapidinha?
segunda-feira, 7 de abril de 2008
mark knopfler no campo pequeno
se há algo de diferente que mark knopfler reflecte em palco, é o facto de ser ele próprio: sem grandes euforias e com uma serenidade autêntica. num campo pequeno lotado e quente, à espera deste senhor da guitarra, até o nome da praça deveria ser adaptado. o concerto começou sem demoras às 21:30 em ponto sem banda de abertura.
O ex-dire straits sobe ao palco acompanhado de uma explosão de palmas que aqueciam os ouvidos a quem estivesse lá no meio. mark arranca os primeiros acordes de cannibals, e, sempre num estilo calmo e de ambiente de café rock/blues vai fazendo a guitarra chorar em why aye man e what it is. segue-se sailing to philadelphia, com direito a chuva de aplausos e true love will never fade, pela primeira vez tocado em portugal e primeiro tema do último àlbum cria o primeiro momento profundo e ao mesmo tempo romântico da noite, com o público já quente e envolvido com a banda. the fish and the bird continua o momento romântico e dá um toque de euforia, juntamente com hill farmer's blues, que preparam o ambiente para a primeira euforia da noite.
nem é preciso começar a soltar os acordes, quando knopfler saca da sua national style 0 resonator (e mesma da capa de "brothers in arms") brilhando por todos os lados da plateia e lugares sentados, o público abafa todo o espaço com aplausos e assobios: chega romeo and juliet e se o público já estava dentro do romantismo esta balada clássico veio para soltar as primeiras lágrimas aos mais sensíveis. então sultans of swing foi o orgasmo total, com chuvas de asobios, aplausos e gritos ao fim de cada solo.
marbletown, daddy's gone to knoxville, postcards from Paraguay e Speedway at Nazareth vieram mostrar que há Mark Knopfler para além de Dire Straits e que com grandes ritmos se conseguem criar grandes solos com todos os instrumentos presentes e o grande público a desforrar-se em métodos de comunicação eufórica que chegam aos ouvidos de Knopfler pedindo por ainda mais virtuosismo e para vir mais um clássico da melhor banda dos anos 80: Telegraph Road, considerado pelas mais de 8000 pessoas que preenchiam cada cadeira e toda a parte da plateia o momento mais alto da noite, trouxe momentos - longos mas curtos momentos - de virtuosismo, euforia, energia e concentração energética que, em alguns casos, foram despejadas sob a forma de lágrimas ou saltos durante quase um quarto de hora de guitarradas e pianadas.
Os 7 elementos da banda alinham-se e fazem uma vénia no que parecia ser, não a despedida, mas a pausa para o chá. Voltaram em grande com a linda e maravilhosa Brothers in Arms, com telemóveis e isqueiros a luzir, mãos no ar a abanar calmamente de um lado para o outro e um amiente extremamente intenso que provou que todos ali vivemos, realmente, no mesmo mundo (pelo menos até à meia-noite e meia), em que todos cantavam a letra da música e ficavam depois boquiabertos a olhar para a mão esquerda de Mark Knopfler durante aqueles solos.
Our Shangri-La foi a melhor ressaca musical que se pôde alguma vez ter, que também serviu de aperitivo para o que viria a ser a última "bebedeira" da noite: o público já levantado a pensar que era para ir embora lá descobriu que ainda viria mais uma bela surpresa e nem se voltou a sentar. Preferiram acompanhar aos pulos e de luzes brancas bem apontadas para os espectadores a voz do famoso guitarrista a cantarolar: "You're so far away from me", com os braços a agitar no ar desgraçando o campo de visão dos mais pequenos que estavam na plateia.
O concerto acaba então com o típico e sempre magnífico Going Home, aquela sinfonia resumida a 7 "rapazes" que, apesar de já andarem na casa dos 50, conseguiram da um espectáculo que deixaria qualquer pessoa no seu perfeito juízo em estado de êxtase. Felizmente, estávamos todos bem.
O alinhamento do concerto foi o seguinte:
Cannibals
Why Aye Man
What It Is
Sailing to Philadelphia
True Love Will Never Fade
The Fish And The Bird
Hill Farmer's Blues
Romeo & Juliet
Sultans of Swing
Marbletown
Daddy's Gone to Knoxville
Postcards from Paraguay
Speedway at Nazareth
Telegraph Road
______________
Brothers in Arms
Our Shangri-la
So far Away
Going Home
Texto e fotos: David Akired com excepção da segunda foto, tirada por Joost De Raeymaeker.
terça-feira, 1 de abril de 2008
e pronto, às vezes embarco em conversas banais.
após esta calma, chego à estação de tondela e compro o meu bilhete de autocarro para ir ver mark knopfler a lisboa na sexta-feira. começo as aulas, normalmente, com o ruído habitual. pelo caminho, acaba o dark side of the moon e começa a frágil, jorge palma.
este momento do autocarro foi o melhor momento do meu dia, ou seja, basicamente o meu dia foi uma seca.
"põe-me o braço no ombro,
eu preciso de alguém
dou-me com toda a gente,
não me dou a ninguém
frágil... sinto-me frágil.
faz-me um sinal qualquer
se me vires falar demais,
eu às vezes embarco
em conversas banais
frágil... sinto-me frágil.
frágil,
esta noite estou tão frágil
frágil,
já nem consigo ser ágil
está a saber-me mal
este whisky de malte,
adorava estar 'in'
mas estou-me a sentir 'out'
frágil, sinto-me frágil.
acompanha-me a casa
já não aguento mais,
deposita na cama
os meus restos mortais
frágil, sinto-me frágil.
frágil,
esta noite estou tão frágil
frágil,
já nem consigo ser ágil..."
quem já não se sentiu assim? eu sim, neste momento. mas, se ninguém já se sentiu assim (o que acho improvável), já sou eu e o palma, quando compôs a música.
até amanhã.
segunda-feira, 31 de março de 2008
calling elvis...
pois é: sexta-feira vou ver o grande mark knopfler no campo pequeno. esse grande ex-guitarrista dos grandes dire straits mas enorme guitarrista a solo.
na sexta passada calhou-me ver o "on the night", que já conhecia e que já me tinha regalado os ouvidos. quem já ouviu sabe do que estou a falar.
o concerto começa logo com a "calling elvis", uma música interessante e um hit single, mas nada de muito especial comparado com outros temas. acontece que ali, naquele palco, a "alquimia" (sei que estou no concerto errado, mas é que é mesmo isso) é fabulosa, a partir da altura em que todos os instrumentos param de repente e a guitarra do mark sola de uma forma mágica. mas não é um solo grande, são milhares de pequenos, acho que nem se pode chamar bem solo. eu próprio fiquei boquiaberto de cada vez que o via a rasgar aquelas notas virtuosas. walk of life, aquele beat fantástio e alegre segue-se e já dá vontade de dizer que é um dos melhores concertos da história, apesar de modesto. heavy fuel, outra virtuosidade fantástica. romeo and juliet: pára tudo. aquela guitarra é linda e com aquela balada fica brutaaal. segue-se the bug e depois......
som de tensão em plano de fundo, luzes desligadas, soltam-se os primeiros acordes acústicos e o público grita, e aquele baixo, tão simples e poderoso?
...scarred for life
no compensation
private investigations...
lindo.
e poupam-se os "fillers": your latest trick.
aquele saxofone inicial é arrebatador, e os solos que chris white saca no fim soam a um doce apocalipse (sim, o last night saiu hoje e já me afeiçoei a ele...). do melhor que há!
segue-se então on every street, you and your friend, não vou falar muito porque não quero deixar isto muito extenso. ;)
Depois, a rajada final (até dói tanto êxito seguido): money for nothing, brothers in arms, solid rock, wild theme.
que hei eu de dizer mais? vejam! isto não tem palavras....
bom, vai ser muito bom ver alguns destes êxitos sexta-feira, juntamente com as belas canções do kill to get crismon e dos àlbums a solo anteriores.
não está muito bem escrito, mas que se lixe.
ah, pois... o last night do moby já saiu e quem me conhece sabe que eu gosto muito deste compositor e este àlbum não me desilude, antes pelo contrário, mas falarei dele mais tarde, ainda esta semana ;)
outro que está para vir é o marsupial dos linda martini. é só boas surpresas deste mês!
bem, vou dormir que amanhã tenho que acordar cedo, e tenho que estar atento à caixa de correio porque deve estar para chegar o meu dvd live after death dos maiden novinho em folha e nunca vi esse concerto, vai ser a surpresa total, mas segundo dizem, faz muita concorrência ao do rock in rio, e essa garantia é muito bom sinal.
boa noite.
alt+0160
viva. tudo bem?
sabem que mais? tenho escrito pouco.
e se têm passado por aqui estes últimos dias podem ver bem isso.
nas férias deixei isto de lado, não por não ter estado no computador, ou por não ter tempo. sei lá. tive bastante tempo, e grande parte dele no computador. mas não me apeteceu fazer nada nas férias. e não fiz. nem aqui, que gosto de escrever (embora agora nem saiba ao certo o que é que hei-de dizer), me dei ao trabalho de dar um pulo. nem sei se tenho estado com as ideias vagas, se calhar é isto que tem acontecido. nem sei se estou triste com algo que não sei bem o quê, ou se tenho estado demasiado eufórico e energético que me cansei rápido. ou a minha atitude mudou, ou está para mudar, ou é impressão minha! bem, mas não liguem. vou agora falar de uma coisa interessante que me lembrei e não a quero estragar por isso não a vou escrever neste post de merda.
até já.
sexta-feira, 21 de março de 2008
música portuguesa e construção frásica.
estou aqui, sentado no café à espera, e esta foi a frase que o meu amigo patrão do bar me disse, de forma inocente. mas é verdade: estou hoje de férias (oficialmente apenas amanhã, mas amanhã é borga) e consegui subir a todas as disciplinas, (excepto português, que desci, mas cague-se) e a minha média aumentou 2 valores comparativamente ao trimestre passado. e para isto foi precisa muita força de vontade e estudo (ou não). mas já está melhor, e ainda bem. e agora penso em como isto tudo demora e custa a construir, mas se quiser deitar tudo baixo, não me custa nada.
e isto aplica-se a tudo. bem, hoje é mais ou menos isto, tenho que ir embora que o bar está a fechar, apenas quero dar os parabéns à rtp2 pelo excelente programa câmara clara que trouxe a xana e a manuela azevedo (clã e rádio macau) para uma excelente análise e entrevista a favor da música portuguesa.
no mesmo tema, deixo o convite aos apreciadores de linda martini para passarem pelo meu blog 13ª arte (www.13arte.pt.vu), que, apesar de estar em inactividade até junho, abriu uma excepção na agenda para uma entrevista exclusiva à banda, a propósito do lançamento do seu novo àlbum, marsupial.
viva a música portuguesa, até amanhã.
domingo, 9 de março de 2008
espaço no tempo
sei porque nasci e porque um dia hei-de morrer.
sei porque respiro, porque ando, porque vejo, porque durmo e porque falo
sei porque adoro sentir a música e o vento e
sei porque estou aqui.
sei porque adoro pessoa e alberto caeiro.
sei porque tenho uma mãe e um pai (sei porque me orgulho disso)
sei porque vejo o céu quando deveria ver o chão
sem chão eu voava, sem céu eu não poderia ver as estrelas e a noite a cair.
palavra estranha, essa do "sei".
sei é a primeira pessoa do verbo "saber", num tempo inexistente.
sei o que é saber!
sei quem sou, mas nunca me vi.
os espelhos são apenas a reflexão do que não queremos ser
uma espécie de optimismo pessimista e de pessimismo realista.
sei porque enquadro a minha pessoa no espaço, o espaço no tempo e o tempo no nada.
sei também que nada não é ausência de matéria, mas sim uma desmaterialização do tudo.
o meu tudo é tudo o que sei
como sei que sou feliz,
nunca consegui compreender nada do que sei.
-david akired
in "espaço no tempo"
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
sinopses
estou farto de ver o dia a nascer,
estou farto de ver a noite a cair,
estou farto das manhãs, das tardes e das noites.
porque não inventam um novo ciclo do dia?
estou farto de acordar,
estou farto de adormecer.
estou farto de viver, mas ainda me fartaria mais se estivesse morto.
porque não inventam um novo conceito de vida?
estou farto de ver, me fartaria igual se fosse cego.
estou farto de ouvir, me fartaria igual se fosse surdo.
estou farto de falar e de estar calado.
porque não podemos mudar de corpo?
estou farto desta paisagem,
estou farto de ter a janela fechada,
estou farto de estar de pé, deitado, sentado, seja o que for.
porque não podemos voar?
estou farto de ser maluco,
estou farto de ser normal,
estou farto do estado zen e da anastesia.
estou farto de ser igual,
estou farto de ser diferente, ainda não sei o que sou...
porque não podemos criar um novo estado de espírito?
estou farto desta lingua,
estou farto do mundo,
estou farto da lua e da Via Láctea.
estou farto deste universo ser triste, pequeno e moribundo.
porque não podemos viajar no tempo?
estou farto de escrever deus com letra maiúscula,
estou farto desta falsa polémica.
estou farto de rimar e de não rimar.
porque não há outra forma de escrever?
estou farto de me perguntar sobre isto e aquilo,
estou farto deste estúpido asilo,
estou farto de começar quase tudo por "e".
stou farto dssa ltra, ou talvez não.
estou farto desta estúpida sinopse, cujo autêntico relativismo se entranha em pseudónimos, palavras difíceis e estupidezes. estarei céptico? estarei doente ou apenas pseudo-filósofo? enfim...
estou farto de estar farto e
estou farto de escrever.
vou-me embora.
-david akired
in espaço no tempo
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
vou atrasar este dia...
ps: esqueci-me. créditos ao meu amigo andoni que me emprestou o seu leitor de música.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
veg(etari)anismo: parte dois.
espero que gostem, eu gosto muito e comprarei com muito gosto o nono àlbum de moby no seu dia de saída. agora tenho que estudar geometria e química. até amanhã.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
dia dos namorados: consumismo e hipocrisia?
venho um pouco atrasado, eu sei, mas não tive paciência para escrever...
mas, já desde dia 14, o famoso 'dia dos namorados', ou 'dia de s. valentim' que me tenho lembrado da estupidez da existência de um dia especial para os namorados. é que, sinceramente, só existem visões estúpidas para tal dia. se temos um namorado/a, penso que não será só nesse dia, pois não? e temos que gostar mais dessa pessoa neste dia que nos outros, é? ou este dia é apenas um pretexto consumista para se ter que oferecer algo à nossa cara-metade? se for para isso, não será também muito mais agradável e engraçado oferecer algo à nossa namorada (como homem e heterossexual, centro-me agora no feminino, mas isto é aplicável aos dois casos) num dia ao acaso, de forma a ser realmente uma surpresa?
este dia com a troca dos presentes entre namorados é tão estúpido como a troca de presentes no natal. é um pretexto para gastar dinheiro, que a indústria decidiu transformar a partir de cerimónias religiosas como é o natal, a páscoa e até o dia de s. valentim. quando foram criadas não passavam disso: cerimónias religiosas. e agora? agora são dias em que fica mal se não dermos nada aos outros.
ah, depois há a história das cartas. isso então é do mais estúpido que há. até posso dar o meu próprio exemplo: recebi uma carta de alguém que não sei quem é (falta de coragem) a dizer aquelas lamechices do costume e no fim: "ass: um grande amor" (acho particular piada à forma como isto é abreviado, tendo em conta que a língua portuguesa está cada vez mais virada para o inglês). e no meio diz aquelas cenas mesmo à cobarde: "sei que não gostas de mim, provavelmente nem sequer sabes quem sou(...)" então mas como merda haveria eu de saber quem ela é se não assina?? mas pronto, não quero de forma alguma culpar a autora desta carta nem de todas as outras que milhares de pessoas recebem neste dia, até porque é normal, mas quero sim culpar a própria tradição, que é estúpida e que não faz qualquer sentido.
assim como também não compreendo a existência de um dia da mãe ou do pai, e coisas desse género.
bem, mas há tantas coisas estúpidas, não é versade? esta é só mais uma!
como dizem os wraygunn e muito bem:
«love letters from a muthafucka!»
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
espaço no tempo...
you fritter and waste the hours in an offhand way
kicking around on a piece of ground in your home town
waiting for someone or something to show you the way
tired of lying in the sunshine, staying home to watch the rain
and you are young and life is long, and there is time to kill today
and then one day you find ten years have got behind you
no one told you when to run, you missed the starting gun...
and you run, and you run to catch up with the sun, but it's sinking
racing around to come up behind you again
the sun is the same in a relative way, but you're older
shorter of breath and one day closer to death
every year is getting shorter never seem to find the time
plans that either come to nought or half a page of scribbled lines
hanging on in quiet desparation is the english way
the time is gone, the song is over. thought i'd something more to say..."
não é por acaso que esta música é das melhores músicas já criadas. não é por acaso que faz parte de um dos melhores, se não o melhor, àlbum da história da música. ela é excelência, desde a parte instrumental à letra. e a mensagem que transmite é clara, e ao mesmo tempo bastante filosófica.
e se vivêssemos um dia sem momentos mortos? seria isso possível? falando no bom sentido: não o fazemos; os jovens como eu gastam tempo na escola para se prepararem para ter um futuro, um emprego que nos gasta o tempo para nos dar dinheiro e gastar tempo a gastar o dinheiro. e gastar então tempo com tudo e mais alguma coisa para, passado dez anos, olharmos para trás e pensarmos no tempo todo que gastámos desnecessariamente... mas na nossa sociedade é impensável viver sem isto tudo. a vida pode esticar, mas não sabemos quando é que o elástico vai romper.
será que fazemos bem quando gastamos dois segundos à entrada do banco a segurar na porta para a pessoa de trás entrar? depende, não é?
e... viajar, conviver? claro que sim. e se o fazemos é para quê? se o momento é intenso e agradável, faz-nos mais felizes para, mais tarde, o recordar. será?
como diz a música, ainda há tempo para gastar hoje. vale a pena ficar a ver a chuva? estamos, realmente, habituados a perder o tiro de partida? não estou eu também aqui à frente do computador a gastar tempo e a escrever sem que possa ter qualquer utilidade? o tempo é aquela dimensão que faz com que as restantes se possam alterar, não é? então porque é que o tempo é uma dimensão? será que o tempo anda mais depressa ou mais devagar, ou é constante? se é constante porque é que alguns momentos passam tão rápido e outros tão devagar? se um jovem morre aos 16 anos, como infelizmente acontece, valeu a pena este ter gasto todo o tempo da sua vida a preparar-se para algo que não chegou sequer a começar?
é complicado responder a certas perguntas, não é?
acho que o tempo é dos fenómenos mais difíceis de compreender e explicar. os próprios pink floyd tiveram o seu, mas este acabou. falo da banda em si, não dos elementos da banda; à excepção de um. syd barrett. sem ele, os pink floyd não existiriam. e é verdade que a "time" não existiria, pelo menos nesta forma, e eu já estou a ir por caminhos demasiados extensos e complicados. o tempo é algo muito complexo para se falar sobre ou simplesmente questionar.
e não há prosa que diga tanto como esta poesia. ao ouvir a "time", pensamos num dos dilemas mais interessantes e retóricos da existência.
"the time is gone, the song is over, thought i'd something more to say..."
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
hey!
hoje (há uma semana). eis que presto de novo atenção ao postal que estava pendurado há tanto tempo ali. li o texto, mais uma vez, e senti vontade de o publicar aqui:
"hey!
anda cá. tens dois minutos? ou fazem-te falta? sabes o que faz realmente falta? mais loucura. mais malucos. não os "grandes malucos" mas os verdadeiros e as verdadeiras. aqueles que perdem tempo para falar com os pombos; que vêem quadros onde os outros só vêem paredes; os aventureiros e as aventureiras que acreditam, ainda, haver qualquer coisa no fim do arco-íris. o verdadeiro poder é tu decidires o mundo à tua volta; questionar o estabelecido, as certezas e os costumes, para acreditar que tudo pode ser diferente. é preciso mais absurdo, mais ideias insensatas. cinco bailarinas a jogar à bola de tutu cor de rosa. passeios cobertos com relva e flores. ou, muito simplesmente, trepar a uma árvore quando te apetece. tu é que mandas. se gostas de música pirosa, gostas e pronto. queres cantar alto no meio da rua, deixa-te ir. se preferes não dar muito nas vistas, anda nas calmas. é preciso rirmos e dançarmos e darmos abraços e beijinhos. o importante é levarmos tudo mais a brincar; até as coisas sérias. (parte publicitária: o mundo precisa dos yorns.)"
pode, em certa perspectiva, não passar de um golpe publicitário. mas a publicidade ainda é uma forma de arte e esta, é a melhor que já vi até hoje. este pequeno texto consegue transmitir uma mensagem mais valiosa que a de muitos filmes. a vodafone acabou de ganhar mais uma dose de publicidade gratuita, mas eu estou-me a borrifar.
vivam os malucos!
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
dá-me a tua melhor faca...
é esta a música de cortar a respiração que estou a ouvir neste momento. a letra é directa e simples, e adequa-se a quase todo o tipo de problema pessoal que possamos ter.
nem sei muito bem porque estou a postar isto.
estava a lembrar-me desta música, por uma razão medonha mas importante: as notas dos testes. quero ter melhores notas. tenho de as ter se quero ir para coimbra. e eis que passo a seguir pelo blog ...barulho baixinho do meu amigo no fórum da blitz capitão romance e me deparo com um post com um título exactamente igual a este, e a falar da mesma coisa. curiosamente, sofro da mesma situação que ele. os meus hábitos de estudo até agora têm sido sempre baseados no chamamento da preguiça divina: "estuda na véspera do teste, com música nos ouvidos e até tarde. estuda sob pressão e não durmas quase nada.".
tem resultado até agora, mas agora que esse método começou a correr mal estou no mesmo dilema do meu amigo: "é agora ou nunca". mas eu digo isto noutro sentido: o "meu" agora ou nunca dirige-se à mudança profunda meus hábitos de estudo.
finalmente esse agora já começou, precisamente no dia em que comecei a escrever no barulho branco definitivamente. é bom ter um blog onde escrever, e eu adoro escrever da forma que escrevo aqui: faz-me pensar. e o raio desta forma de pensar faz-me lembrar físico-química e filosofia ao mesmo tempo, não sei por que raio. mas eu gosto disso. agora, tenho de ir estudar química, ler os maias, e dormir. até amanhã, se me apetecer.
ps: parabéns aos linda martini e boa sorte para o marsupial. se tiver a qualidade de olhos de mongol será um àlbum excelente. (foto: pormenor de promo ep, de 2005.)
domingo, 10 de fevereiro de 2008
ovos, lactos, vegans, e mais o quê?
e sim, estou a pensar em fazer a transição, mas para que tipo de vegetarianismo?
para quem não sabe, um vegan é alguém que não consome nem utiliza (em roupas, etc.) produtos animais. nem mesmo mel. não cosomem ovos, lacticínios, e, obviamente, peles, carnes e peixe. em contraste, um ovo-lacto vegetariano é aquele que não come carne nem peixe, no entanto consome lacticínios e ovos (excluindo ovas, como o caviar, que envolvem matar os peixes).
e eu estou a pensar mudar para ovo-lacto vegetarianismo. e porque não vegan?
para além de não ser uma dieta tão restrita como o veganismo ou o frutanismo, é verdade que beber leite não implica matar os animais, e o contra-argumento dado pelos vegans é que o leite que estamos a consumir poderia ser utilizado para alimentar as crias. ora, na minha opinião isto não faz sentido, uma vez que o leite chega para nós e para as crias. mas há o contrapeso que as indústrias de lacticínios causam sofrimento aos animais, uma vez que estes estão em estábulos presos e que acabarão por ser mortos para fabrico de carne. sendo assim, um ovo-lacto vegetariano não consome qualquer leite (ou lacticínio) mas sim leite biológico (ou queijo biológico, iogurtes biológicos, etc.). depois há a questão dos ovos. ovos de galinha, por exemplo. os vegans dizem que ao comermos um ovo, estamos a evitar que o pinto possa nascer. ora, por esse lado não poderíamos usar preservativos, uma vez que o sémen poderia ser utilizado para uma criança nascer. mas eles acrescentam mais: dizem que um ovo já possui células e que, por conseguinte, um ovo já é um ser vivo. e pode parecer estranho, mas é verdade e está provado cientificamente, pois este se desenvolve. mas e então? as àrvores também são seres vivos e os vegans usam móveis de madeira. e comem fruta. mas estas discussões são sempre muito complexas, e há sempre contra-argumentos para todo o argumento que se possa arranjar.
já não vale a pena é discutir porque é que, adoptando uma dieta como esta, não se come carne nem peixe (acrescento que deixar de os comer reduz drasticamente as probabilidades de cancro e doenças de transmissão animal, para não falar na gordura), nem se vestem peles...
mas uma transição como esta não pode ser feita sem informação, não podemos deixar de comer carne e peixe se não soubermos substituir todos os benefícios que estes nos dão, para além que será necessário uma alimentação muito mais variada, como comer em maior variedade e em quantidades superiores (que as que uma pessoa come com uma dieta comum) grãos, fruta, vegetais e cereais. os lacticínios não se devem aumentar demasiado na quantidade nem na diversidade, mas também não se devem esquecer. há casas especializadas em vegetarianismo e livros que te podem ajudar a fazer a transição caso estejas interessado. e eu vou seguir esses livros, mas daqui a um ano, quando for para a universidade, pois no local onde vivo neste momento não é desenvolvido o suficiente para ter cantinas/restaurantes com pratos vegetarianos, e não podemos simplesmente limitar a deixar de comer carne e peixe.
isto é só uma opinião, e tal como disse no meu artigo anterior sobre o racismo, as razões que nos levam a fazer algo variam de pessoa para pessoa, isto é a minha opinião e haverá sempre amigos que através das conversas de café podem ajudar a completá-la. agora, depois deste testamento, vou-me despedir. até amanhã.
sábado, 9 de fevereiro de 2008
estamos no século xxi? pois, não parece...
o que fará tais pessoas a rejeitar violentamente outros grupos étnicos?
porque existem movimentos de crueldade para com a raça negra como o ku klux klan?
é estúpido, numa época em que a igualdade (sexos, padrões, classes sociais, et cætera) e a solidariedade estão tão em voga. mas derek sai-se mal, pois apesar da sua estadia na prisão o ter feito aprender a lição (um negro permitiu que ele saísse de lá vivo), já vai tarde, e o feitiço virou-se contra o feiticeiro: danny é morto numa casa de banho por um negro (final do filme) e derek sofre (afinal ele pode odiar os negros mas continua a ter sentimentos, tal como toda… quase toda a espécie humana, não é?).
este filme é obra-prima no tema em que está inserido, e tal sucede no que toca ao seu teor filosófico (e científico, penso que as duas ciências se compilam perfeitamente). para além de me fazer pensar nas origens do ser humano (que, por acaso, tomou lugar em áfrica), faz-me lembrar outros rituais completamente descontextualizados, como as tribos e o veganismo; talvez por fazerem todas parte de escolhas (ou tradições, mas deixemos isso de parte) que uma pessoa faz ao longo da vida. e isso mostra-nos a complexidade do ser humano: pois se queremos matar os pretos, ou se optamos por nos alimentar e viver sem causar sofrimento aos animais, ou se decidimos viver como eles no meio da selva, é porque algo nos despertou a tal: temos razões para tal. logo, isso permite-me concluir que a escolha é fruto dos nossos costumes, dos nossos azares e vivências, mas, e acima de tudo, fruto de um factor impressionante: a nossa inteligência.
este filme pode ser datado de 99, mas lá por ser do nosso século natal não quer dizer de forma alguma que esteja descontextualizado. o racismo - é estúpido mas é a verdade - existe. e só mesmo as mentes mais retrógradas e perturbadas ainda seguem as regras da “raça limpa”.
estamos no século xxi? pois, não me parece…
olá (cá estamos nós outra vez)
é verdade. decidi, finalmente dedicar-me de novo a isto. já lá vai o tempo em que escrevia no espaço no tempo, o meu antigo blog. acontece que isto agora será espécie de diário, mas a verdade é que de diário só terá mesmo a frequência de actualização. não venho para cá contar a minha vida, não. mas a parte livre do meu tempo (que, a partir de junho, será também dedicada ao meu projecto de então-sucesso 13ª arte, que está neste momento num profundo período de hibernação, mas isso é outra história) servirá para expressar algumas posições que defendo, expressar pensamentos, opiniões, estupidezes, fazer críticas à sociedade, por vezes até textos de teor musical. é o meu blog pessoal, de um jovem como muitos outros na perspectiva comum. espero que gostem, mas se não gostarem comentem à mesma, ou deixem-se estar como leitores, amigos e anónimos, serão sempre bem-vindos.
como diz o palma e muito bem, olá (cá estamos nós outra vez).